quinta-feira, 29 de abril de 2010

APRENDEMAOS COM TODOS

Aprendemos com todos

(*) Patrícia Carvalho Zugaib

Nesta vida passamos por diversas situações e nesses momentos nos surpreendemos com os fatos. Ora ficamos tristes, surpresos, magoados, felizes, irritados, raivosos, saudosos e assim sucessivamente. Mas e daí?

E daí que muitas vezes não pensamos no que tudo isso pode significar. Quando o que acontece gera o sentimento de raiva, o que fazemos é não refletir sobre determinado fato. Queremos na verdade é “matar” o “fulaninho” ou a “fulaninha”, sem ao menos pensar no porquê que tudo aconteceu.

Você já parou para pensar o que pode aprender no momento em que ficou com raiva?

Isto mesmo. São nesses momentos em que aprendemos a olhar o mundo a nossa volta, entender nosso egocentrismo. Aprendemos a trabalhar nossa frustração e muitas vezes aprendemos o que não fazer.

Vamos parar e refletir um pouco...

Pensar de maneira mais ampla em relação à vida e aos momentos que passamos. Vamos deixar de pensar que somos “Reis e Rainhas” e vamos aprender com o que o outro tem a nos ensinar.

Toda vez que somos flexíveis com os fatos, com a maneira que pensamos, aprendemos algo importante para nossa vida.

Aprendemos com a nossa experiência e com a do outro, ouvindo, aceitando as coisas como são e ampliando a maneira de pensar.

Não aprendemos só através de leituras, mas também colocando em prática o que na teoria é muito fácil. Todas as mudanças são difíceis de aceitar e trabalhar, mas a partir do momento que buscamos ajuda, começamos a aprender o quanto elas podem ser boas, e assim, aprenderemos sempre mais.

*Dedico este pequeno texto a um paciente que me deu um “belo puxão de orelhas” por não escrever em meu blog.

Patrícia Carvalho Zugaib
Psicóloga Clínica
Rua Joaquim Távora,222
F.5573-6979 / Cel. 9176-2067

segunda-feira, 1 de junho de 2009

A COMUNICAÇÃO DOS SENTIMENTOS


A COMUNICAÇÃO DOS SENTIMENTOS
O que são sentimentos? Para que servem?
(*) Patrícia Zugaib
Sentimento é um estado afetivo indeterminado que pode provocar ou não um estado de necessidade de afeto. É através dele que percebemos o mundo, é ele que nos dirá se o que estamos experimentando é agradável ou não. Portanto, ele serve para nos guiar e nos fornecer indicações importantes para nossa vida.
Se não sentimos, não analisamos os pensamentos que nos acompanham e não sabemos o que o nosso interior está tentando nos mostrar.
A palavra sentimento vem do latim medieval sentimentum – indica a “faculdade inata de perceber as impressões afetivas” ou “de identificar fenômenos relativos à afetividade”.
Nossos sentimentos se originam lá na nossa infância. É nesta época que eles vão se formando à medida que vai gravando as experiências iniciais vividas. Conforme vamos crescendo, armazenamos diversos sentimentos, porém, muitos não entendemos e não sabemos o que são.
Sentimos sensações estranhas dentro de nós que incomodam e chegam até nos atrapalhar no nosso dia a dia, nas atividades mais corriqueiras. É neste momento que precisamos saber o que sentimos, pois essas sensações nada mais são que nossos sentimentos querendo se comunicar, mas a maioria de nós é analfabeta do sentir, então não conseguimos identificar qual é a mensagem que ele está tentando nos dizer.
Esconde-esconde
Muitas vezes nos tornamos analfabetos do sentir porque, quando criança, aprendemos que não podemos ter certos sentimentos, afinal alguns são muito feios como, por exemplo, a raiva. Como assim raiva?
Pois é, quando somos crianças e não queremos ficar com alguma amiguinha e ficamos com raiva, o que nossa mamãe ou um adulto nos diz? “Não faz assim, isto é muito feio”. Nós, criancinhas, que estamos iniciando uma longa jornada, cheia de obstáculos, onde sentir raiva é extremamente natural, diria até saudável, pois é muito estranho não ter sentimento, seja ele qual for. Então como esta criança não quer ser “feia”, ela nega este sentimento e o “esconde” dentro de si. Aí começa o problema!
Negamos diversos sentimentos, escondemos, omitimos e mentimos a respeito deles. Chega determinado momento que já não sabemos o que sentimos, ficamos perdidos, analfabetos do sentir.
É neste momento que as sensações começam a se tornar cada vez mais forte, é o nosso corpo dando espaço para que os nossos sentimentos se comuniquem conosco. É aqui que a raiva, culpa, medo, alegria e a tristeza começam a implorar para que você se conheça e se permita sentir.
Nossos sentimentos e emoções são tudo o que temos para perceber a vida. Enquanto estivermos escondendo, estamos vivendo em constante ilusão, distanciados do verdadeiro significado da vida.
Sentimentos não são errados ou impróprios, não precisamos nos culpar por experimentá-los.
Admitir medo ou raiva é extremamente compreensível. A raiva nos proporciona um “estado de alerta” para que possamos nos defender de algo ou alguém. E o medo é um mediador favorável diante de “uma situação de risco”. Claro que também podemos citar o medo patológico, mas o que quero aqui é ressaltar a importância do sentir e de se libertar para a vida.
Precisamos aprimorar nossa leitura interna, compreendendo o que os sentimentos querem nos dizer e utilizando-os apropriadamente para cada fato ou situação. Devemos aprender a “escutá-los” adequadamente.
(*) Patrícia Carvalho Zugaib - Psicóloga
Rua Joaquim Távora, 222 - Vila Mariana
F. 55736979 - Cel. 91762067
Email:patricia.zugaib@gmail.com

quinta-feira, 26 de março de 2009

Amar é Sofrer?

(*) Patrícia Carvalho Zugaib

“Como esse amor que sinto é imenso. Não pensei nunca na minha vida que aturaria tanto desrespeito de uma pessoa, nunca imaginei que um dia eu aceitaria traições, indiferença e ficaria como um fantoche, fazendo tudo que o outro queria, me deixando de lado.
Como dói terminar uma relação, onde investi todo o meu amor, toda minha energia, meus sonhos.
Tanto carinho... abri mão das minhas coisas, mudei meu jeito de ser, tudo para satisfazer quem? O outro. Para que ele pudesse ser feliz ao meu lado, para que ele não se sentisse diferente, nem inferior, tudo, absolutamente tudo para fazer com que gostasse de ser meu companheiro, para que fosse agradável ficar ao meu lado. Apresentei meu mundo, as pessoas que mais amo para o cara que amo, era tão gostoso.
Ele, que me fazia feliz, que me fez acreditar que o amor realmente existia e o principal, que eu ainda era capaz de amar e ser amada.
Meu Deus, foi tão difícil aceitar que eu podia amar e ser feliz novamente, acreditei, me entreguei da maneira mais pura, amei, amei tanto, tive momentos tão felizes e tão dolorosos.
Enlouqueci, sofri, mas o amor era tão grande e tão puro que acreditei que ainda poderia ser feliz, passei por cima de humilhações, dos momentos de frieza, das grosserias e de todos os outros os quais fui anulada na vida dele. Nunca estava em primeiro lugar e, muitas vezes, não estava nem em segundo ou terceiro. Mesmo assim, quando ele me dava uma migalha de atenção, eu me satisfazia e ficava extremamente feliz, então acreditava que poderia sim ser feliz e com isso relevava tudo.”
(Trecho de uma sessão de Psicoterapia)


Amar, não necessariamente está ligado ao sofrimento. É interessante a gente pensar na qualidade do nosso amor. Como amamos? Você já pensou sobre isto?
Quando estamos em uma relação afetiva, precisamos verificar como nos relacionamos, se é de maneira sadia ou doentia.
Para uma relação sadia, o casal precisa sempre ser muito franco um com o outro, o diálogo é de extrema importância para viver em harmonia. É fundamental, sermos honestos com a gente mesmo. Parar de “cobrir o sol com a peneira”, fingir que não está percebendo o que não está bom na relação.
Muitas vezes um dos dois percebe que o outro está diferente, não quer muita conversa, ou fazendo algo que desagrada a outra parte. Qualquer pergunta deixa a pessoa irritada, já não há carinho como antes e, assim, sucessivamente.
Então se o (a) parceiro (a) pergunta se tem alguma coisa errada, imediatamente o outro fica irritado e nega: “Você está ficando louco (a), que paranóia, só porque estou quieto (a) já acha que tem alguma coisa.”
Isto pode se tornar uma constante, o que de alguma maneira irá fazer você adoecer, ficar depressivo, paranóico, ter ciúmes patológico, doenças somáticas e acabar na cama como uma maneira inconsciente de chamar a atenção do outro.

Caminho errado

Quero ressaltar aqui que quando uma relação se torna doentia, sempre o parceiro que está mais equilibrado acaba por alimentar a insanidade do outro, seja através de comportamentos ou conversas que deixam o outro cada vez mais inseguro. Isso reduz a autoestima, não se reconhecer mais sem o outro.
Todas essas etapas fazem com que o amor realmente seja sofrido, dolorido e infeliz. Mas a pessoa que está nesta relação, não percebe sua infelicidade e não aceita que o melhor seria uma separação. Isso acontece porque a pessoa acha que separar é algo inadimissível, é como ser dividido ao meio, como se parte desta pessoa morresse.
Neste caso, é importante que o indivíduo faça um tratamento porque muitos casais que se separam, dependendo da qualidade deste amor, não conseguem aceitar o término da relação, o que torna esse processo mais difícil e dolorido. Muitas vezes as pessoas acabam tendo atitudes totalmente inadequadas, podendo até chegar a um ato de violência, tanto verbal quanto físico, contra si e contra o outro. Perder a pessoa amada, gera uma angústia, uma dor tão intensa que a pessoa acredita que a morte será a única solução.
Um ato contra o outro é, para essa pessoa, uma maneira de “implorar” seu amor e por não aceitar esta perda. A pessoa perde a medida e pode agredir o outro com faca, arma de fogo, com automóvel (atropelando a pessoa amada), etc. Se você percebe que sua relação está indo por este caminho, não adianta ficar se debatendo, achando que o problema está só em você.
Procure ajuda de um profissional, uma psicoterapia é muito importante para que você possa enxergar com clareza o que está acontecendo, retomar seus valores, sua autoestima e voltar a se integrar.

O amor com qualidade, é aquele que você não sofre, é algo maduro, sereno.É poder contar com o outro, é dividir e acrescentar, é respeitar e ser respeitado.



(*) Patrícia Carvalho Zugaib
Psicóloga Clínica
Rua Joaquim Távora, 222
F.55736979 - 91762067

terça-feira, 3 de março de 2009

FUMAR X NÃO FUMAR - O DEPOIMENTO

Dedico este texto a todos os usuários de drogas, seja ela qual for, e á minha melhor amiga!!!

FUMAR X NÃO FUMAR: O DEPOIMENTO

(*) Patrícia Carvalho Zugaib

É muito interessante conversar e observar as pessoas que fumam. E Depois quando elas param de fumar.
Dizem por aí, que “ex-fumante” é pior do que os que nunca fumaram. Eu, particularmente acredito que isto é muito relativo, pois depende muito do motivo que fez a pessoa parar.
Já ouvi muitas vezes pessoas falarem sobre sua vontade de parar de fumar, então, questionei: Até que ponto realmente esta pessoa deseja parar de fumar?
Sei que cada pessoa tem seu jeito de ser e de agir, e não estou aqui para criticar ninguém, somente para observar e ouvir, afinal, esta é minha profissão.

Ouvindo fumantes e ex-fumantes, percebo que o cigarro vai além de um vício, as pessoas o tratam como amigo, algo com quem possam desabafar, pensar, filosofar, ou simplesmente curtir uma fossa e/ou uma euforia qualquer.
O ato de tragar, ou fumar, implica também em um ritual - ritual este que também gera prazer, como por exemplo: acender um cigarro logo depois do café preto, fumar após o almoço, fumar quando está extremamente nervoso ou com raiva, quando está criando algo, e assim sucessivamente.
O cigarro para um tabagista é o seu maior amigo é aquele que não poderá faltar em nenhuma ocasião, e se caso ele não for bem vindo, o fumante fica desapontado, magoado e muitas vezes se sente ofendido.
Quando o fumante para de fumar e se torna aquele cara chato, que muitas vezes é um inconveniente, é somente um mecanismo de defesa, pois ele pode estar simplesmente com seu desejo recalcado e não assume o quanto gostaria de estar fumando.
Existe aquele ex-fumante que é legal, que não se incomoda com aquele que fuma, e deixa claro que se ele pudesse, ele também fumaria, partilharia daquele momento tão prazeroso, que somente um fumante sabe o que é.

Aqui então vai o depoimento de um ex-fumante.

“Resolvi parar de fumar, pois estava me sentindo cansado, tinha fortes dores de cabeça, meu nariz ficava estranho e já não tinha pique para mais nada.
Todos implicavam comigo, pois a maioria dos meus amigos não fumam... É interessante, porque nos primeiros dias não senti muita vontade, e nem tanta falta deste meu querido vício.
Com o passar dos dias, fui ficando mais irritado e sonolento, desejando um cigarrinho, que fosse somente para dar um “traguinho”, e isso aconteceu por vários dias.
Eu tentei resistir bravamente ao meu desejo de fumar, toda vez que passava um fumante por mim, eu respirava fundo com imenso desejo de pedir um cigarro, mas me sentia envergonhado, afinal porque que eu fui parar de fumar?
Essa realmente é uma questão que não me sai da cabeça, eu mesmo tomei uma atitude, e agora brigo comigo mesmo. Que loucura...
Às vezes percebo que já não sei o que e o porquê desta decisão que tive. Agora fico por aí, morrendo de vontade de fumar e não fumo, quando me pergunto eu mesmo respondo para mim, é melhor para você não fumar.
Aí, eu fico louco, porque digo isso para mim mesmo, quem foi que me mandou parar? Porque estou me consolando?
Olha só! Quanta briga interna em função do meu amigo.
Lembra daquela música do cantor Lobão? “um café, um cigarro, um trago, tudo isso não é vício, são companheiros da solidão...”
É isto mesmo, quando eu fumava, não me sentia só, eu e meu cigarro, sozinhos na mesa de um bar, era como se ele respondesse aos meus pensamentos acelerados e compreendesse minha tristeza.
Cada tragada, um alívio..., uma satisfação...
É assim que ele te acompanha, nos momentos difíceis e na mais profunda reflexão de sua vida.
Parar de fumar exige muito esforço. É como terminar um namoro ainda apaixonado por sua mulher, é como perder seu melhor amigo, é não ter ninguém para te acompanhar.
Existem situações em que a primeira coisa que desejo é acender o meu cigarro, e quando me lembro que não estou mais fumando, me dá uma tristeza, um vazio imenso, uma dor inconsolável.
Teve um dia a alguns meses atrás, que eu estava na mesa de um bar com um amigo meu, quando percebi um casal a minha frente. Comecei a olhar na mesa e vi que o sujeito fumava e minha vontade era de lhe pedir um cigarro. O pior de tudo é que fumava a mesma marca que eu fumava. De repente esse sujeito acendeu seu primeiro cigarro e eu não conseguia desviar o meu olhar do maço de cigarro do rapaz. Comecei a falar para o meu amigo da minha vontade, pois dizem que quando você fala, sua vontade passa, mas não foi o que aconteceu comigo - minha vontade foi aumentando de uma maneira que não agüentei e cai em um choro totalmente compulsivo.
Ali ficou provado o quanto o tabaco realmente dominou minha vida, sinto vontade várias vezes ao dia. Se vou voltar a fumar?
Não sei, aliás eu nem mesmo sei porque parei, o que sei é que só por hoje, apesar de amar minha droga, ainda vou me manter em recuperação.
Só por hoje!!!!!!”

Aqui ficou explicito o quanto é difícil uma pessoa parar com seu vício, uma vez que a droga de preferência se torna seu maior e muitas vezes melhor companheiro.
O ato de ficar sem a sua droga gera um imenso vazio, que faz com que o dependente questione o porquê ter que parar se ele não deseja, questionar o porquê não pode e porquê faz mal, e é neste momento em que todo dependente nega os males das drogas.
Dizem que o número de fumantes está cada vez menor, acredito que de ex-fumantes, pessoas mais velhas que por algum motivo, até mesmo de saúde, decidiram parar de fumar, mas quando observo os adolescentes, não é bem isto que encontro. Vejo meninos e meninas de 11 anos fumando se entregando a este prazer que nada de bom trará para seu futuro.


(*) Patrícia Carvalho Zugaib
Psicóloga Clínica
Rua Joaquim Távora, 222
Vila Mariana - São Paulo
F. 5573-6979 / 9176-2067

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Alcoolismo Feminino... uma doença silenciosa

Alcoolismo Feminino... uma doença silenciosa.

(*) Patrícia Carvalho Zugaib

O alcoolismo feminino apresenta grandes repercussões clínicas e afeta muito a vida da mulher. Antes de abordar o tema mulher e álcool, preciso esclarecer que o alcoolismo é uma doença, ou seja, é uma doença incurável, progressiva e fatal.
Incurável, porque para o alcoolismo não existe cura, porém pode ser estacionada, ao se manter o tratamento, abstinente e em recuperação. Progressiva porque existe a questão da tolerância, que aumenta a cada uso do alcoolista e fatal porque pode levar a morte ou a loucura.
O alcoolismo é igual à dependência química. Aliás é uma droga como as outras, a única diferença é que assim como o tabaco, o álcool é uma droga lícita socialmente aceita.
Por conta do aumento da incidência mais precoce com um padrão de ingestão semelhante e de maior gravidade e morbidade da evolução da doença, o alcoolismo na mulher é uma questão atual. Alguns estudos levantaram a hipótese do alcoolismo feminino estar vinculado à síndrome pré-menstrual, também conhecida como TPM (Tensão Pré-Menstrual), em função dos sintomas psíquicos (irritabilidade, ansiedade, tensão, dentre outros) e físicos (aumento da sensibilidade das mamas e dor abdominal).
O que ficou comprovado é que de fato quem apresenta histórico de alcoolismo familiar desenvolvia o alcoolismo e, consequentemente, aumentava o uso do álcool no período pré-menstrual.
Existe a hipótese de que os sintomas da síndrome pré-menstrual poderiam desenvolver o alcoolismo feminino, uma vez que, induziria a ingestão do álcool nas mulheres com síndrome pré-menstrual (SPM). Como a princípio o álcool “camufla” os sintomas de irritabilidade, ansiedade, tristeza, no momento do sofrimento perimenstrual, a maneira que muitas mulheres buscam para aliviar a dor é no álcool. O problema é que neste ato simples e tão aceito por nossa sociedade, está escondida uma doença silenciosa, e muito poderosa, capaz de destruir lares, grandes profissionais e muitas vidas.
O consumo abusivo e/ou a dependência do álcool traz, reconhecidamente, inúmeras repercussões negativas sobre a saúde física, psíquica e social da mulher.
Existe um maior risco relativo para suicídio e acidentes fatais entre mulheres que consomem acima de três doses diárias de bebidas alcoólicas.
Dados recentes confirmam que, mesmo que o consumo de álcool seja menor no sexo feminino, seu impacto pode ser maior que no sexo masculino. Esses dados foram avaliados por meio de relatos de problemas associados ao álcool.
Atualmente o consumo de drogas tanto lícitas (álcool, tabaco e medicamentos), quanto ilícitas (cocaína, maconha, etc.), tem sido maior entre o sexo feminino. As adolescentes experimentam cada vez mais cedo as drogas. A maioria faz uso ocasional de álcool, até mesmo nas festas e reuniões de família. Isto mostra que aspectos socioculturais também influenciam de forma particular o padrão de consumo do álcool entre as mulheres.
Já as mulheres consideradas mais maduras, acima dos 40 anos, muitas utilizam-se do álcool como uma maneira de automedicação, para aliviar a depressão.
Também estão expostas a um maior consumo alcoólico, associado a uma falta de estrutura familiar.
Para o alcoolismo é necessário que a mulher faça um tratamento para que ela perceba que existe prazer sem o álcool. É importante estimulá-la a desejar ter uma qualidade de vida e ajudá-la a descobrir seus recursos internos.
É importante que a mulher alcoolista procure um médico psiquiatra para que ele prescreva a terapia medicamentosa, pois a síndrome de abstinência do alcoolismo é muito perigosa. Pode levar a pessoa a morte, portanto, é necessário que faça um acompanhamento médico e medicamentoso, evitando assim, convulsões, surtos, etc.
Junto com o médico, é necessário que faça acompanhamento psicológico, para aprender a lidar com suas emoções e descobrir ferramentas para se manter abstinente, resgatando valores que o álcool distanciou. Existe também a sala de Alcoólicos Anônimos (AA) que há muitos anos tem obtido muito sucesso para os alcoolistas que desejaram mudar suas vidas.

Não deixe que o alcoolismo destrua sua vida e sua família. Trate-o!


(*) Patrícia Carvalho Zugaib
Psicóloga Clínica

Rua Joaquim Távora,222
Vila Mariana - São Paulo
F.55736979 - Cel. 91762067